quinta-feira, 23 de maio de 2013

Brasília?!






Terra que não é minha?!



Brasília?
Aqui é terra
Incerta,
Que nem as leis
Da aritmética,
Acerta.
Brasília?
Brasília, é terra,
Que de concreto
Mesmo,
Só meu amor
Por ela,
Brasília!








Fotógrafo/Poeta faz homenagem a Joaquim Cardozo e à Brasília.

                                                   



                            Construção.





Erguida sob a rija ótica
Do granito e do concreto,
 E ascendendo à tangência 
circular do arquiteto,
Brasília é a síntese,
Do compasso,
Da régua,
E do ferro.
Surgida da genialidade coletiva,
de estranhíssimas 
fórmulas de gravina
e complexos 
cálculos aritméticos.

E nessa in-flexa relação,
Entre o planalto e o poeta,
Nem Arquimedes calculista que era,
Em tese Jamais resolveria,
O problema da curva do concreto!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Otoniel Arte Brasil Doa Barco a Comunidade Quilombola no Jalapão








O dia 1 de Maio foi para a equipe da Otoniel Arte Brasil, mais que um simples feriado, foi um dia de muito trabalho e marcado com uma ação social mais que enobrecedora pois a mesma cumpriu mais uma vez com as suas obrigações sociais e contemplou a Comunidade Quilombola Rapadura (Encravada no coração do Jalapão), com a doação de um barco.

Tal demanda só foi possível de ser identificada por causa da ida de uma equipe empresa um ano atrás, (período em que ocorreu na região as gravações do documentário "Impressões Brasileiras") à comunidade que imediatamente percebeu a deficiência e notou que os remanescentes para chegarem até suas casas tinham que atravessar um caudaloso rio sob uma canoa de "Talo de buriti" amarrada em feixe com uma corda de maneira rudimentar e perigosa, comprometendo os menores e os mais idosos.

A partir daí houve uma mobilização do grupo encabeçada pelo Artista Plástico, Otoniel Fernandes Neto, que se comprometeu da missão de doar um barco a comunidade.
Como a vitória tem muitos sócios, vale também salientar nessa articulada missão que foi imprescindível o empenho e a importância de "personas" fundamentais nessa empreita como: Jairo Bisol; doador da Embarcação, Jean Cleaver; financiador da viagem, José Santos; cedeu o veículo e transportou a embarcação no itinerário, Goiás/Brasília/Tocantins, J. Santos reformou a embarcação e finalmente a todos que de alguma forma estiveram envolvido nesse ilustre boa ação.









 





domingo, 3 de março de 2013

Ser negro é antes de tudo, Sofrer....


Vindo de outras eras,
Em sua intermitente vicissitude
O abutre (a ave da escravidão)
Em pleno Brasil XXI,
Ainda erra à miúde
E ainda faz da alma dos homens ninho.
Pois quem é negro ainda sofre,
E ainda há muito que sofrer
Nessa terra ingrata e ínvia
Que ele mesmo ajudou a erguer,
O quanto é humilhante
Negro ainda nascer.

Eles mentem,
E relativizam
Dizendo que
Não há preconceito,
E nem o que temer.
Que as cotas acabaram 
Com todos esses clichês,
Só que esse espectro maldito
Rondará a órbita da terra
Enquanto o homem aqui viver.

E se achares que não sei o que digo,
Ou que sou um revoltado, um maldito, mas,
Não precisas ir longe, nem ao menos perito,
Pois, pra entender do que digo,
Ah meu irmão, é muito simples eu explico:
Bastas apenas um dia, apenas um dia,
Na pele da gente 
Pra saber do motivo,
Que inda somos tratados
Como reles cativos.

Então lanço-vos um desafio:
Se quiseres saber 
O que é negro ser,
Por um dia apenas,
Que vista a roupa da pele dele 
Para ter a exata certeza,
Que os outros desdenham
A nossa cor preta
E que nunca haverá
A justiça terrena.

Só assim entenderá...
Quando a porta do banco travar,
A mulher ao lado, a bolsa apertar,
A senhora no ônibus mudar de lugar,
O PMs na blitz só te parar,
Quem vem na calçada parar de andar
E quem vem lá no carro, o vidro levantar,
Se você perto dele, algo for perguntar...
Não se preocupe, pois já é suspeito,
Sem nem imaginar...

Só assim saberá,
Que este mundo que habitas e reina,
Nunca deixará de te negar
A desgraça do mundo em que vive
E o inferno no qual esta, jamais sairá.
Mas eu uma coisa vos digo,
Ah, essa verdade terei que falar:

Ou a humanidade falhou,
Ou o brado que o poeta à deus enviou,
Ele sonso e sabido,
Fez que não escutou,
Quebrou o pau no ouvido

Se fazendo mercador!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

"O verbo Brincante"


Meu amor vem cá, meu amor vem cá.
O show já vai começar....
Abram alas pois estamos,


Mambembrincante a bailar,


Ah meu bem, vem cá.
Q´eu também quero brincar,
Todos juntos de mãos dadas,
Na grande ciranda do mundo,
A girar...


Mambembrincante a bailar.


Ah meu bem, vem cá.
Q´eu também quero contemplar,
O grande astro de luz,
Na terra dorada,
A brilhar... 


Mambembrincante a bailar.


Ah meu bem, vem cá.
Q´eu também quero reverenciar,
A natureza, a chuva o mar,
Enquanto esperança houver no horizonte,
A despontar....


Pois somos seres brincantes e de luz,
Filhos da aurora sagrada a vagar,
Em noites de luar!