O Ilustre Desconhecido
O cantor e compositor Juraildes da Cruz nasceu em Aurora do Norte (GO), hoje
estado do Tocantins, um lugar que considera um verdadeiro paraíso. Cresceu
ouvindo folias de reis, Cantigas de roda, Luiz Gonzaga e Jackson do pandeiro.
Aos nove anos mudou-se para Goiânia, onde aprendeu a tocar vilão com o seu
vizinho. Estudou violão clássico, Ouviu muito a "Jovem Guarda", MPB e
Rock dos anos 70. Seu trabalho é híbrido de tudo isso, prevalecendo a alma da
música original brasileira.
Participou em 2010 do 21° prêmio da música
brasileira, consagrou-se como grande vencedor (Voto Popular), e ainda figura
como um ilustre desconhecido desses brasis que insiste cada vez mais em
reforçar a sua vocação de desconhecedor da verdadeira cultura nacional.
Não que as representações culturais que temos tenham,
umas mais valor que as outras, o que se discute aqui são
conceitos que vão além do imaginário ordinário e permeiam o mundo do
campo, os valores dos homens de outrora e sobretudo a descrição fiel das lendas
o caráter das narrativas e vivências das pessoas que permeiam esse mundo.
Assim podemos conferir nas próprias palavras do
autor quando afirma: Andam falando que nóis é caipira, que nossa cara tem milho
de pipoca, que nosso rock é dançar catira, que a nossa flauta é feita de
taboca, mais nóis não gosta de mentira, nóis é jeca, mais é jóia.
Gravou seu primeiro disco, "Cheiro da
Terra", em 1990, contando com a participação de grandes nomes como
Chiquinho do Acordeon, Sebastião Tapajós, Paulo Moura, Fernando Carvalho,
Nilson Chaves, Mingo e Xangai, Suas composições já foram gravadas por Pena Branca
e Xavantinho, Xangai, Rolando Boldrin e Margareth Menezes, entre outros.
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